quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Imprensa tenta parecer isenta de preferências em época eleitoral

Camila Monteiro e Gustavo Dalle Vedove

As eleições estão aí! Daqui a duas semanas ocorre o que muitos chamam de “festa da democracia”. E você já parou para pensar em como é o comportamento da imprensa em época de eleições?

A jornalista e professora, Giselle Tomé, conta que alguns veículos preferem não falar absolutamente nada sobre política durante as eleições. Porém, em veículos de maior porte, como a Folha de São Paulo, por exemplo, existe até um núcleo de política dentro da redação. “Os jornais do Brasil não declaram uma predileção por determinado candidato, mas ela existe. Aqui acontece o contrário de países como os Estados Unidos, onde os veículos de imprensa dizem abertamente qual candidato apóiam”. Giselle pondera que há de se ter equilíbrio ao dar notícias políticas em tempos de eleição. Até porque, O Tribunal Regional Eleitoral proíbe e pune os jornais que se posicionarem a favor ou contra um candidato. Todos devem ter o mesmo espaço.

Para a historiadora e professora, Lorayne Garcia, a imprensa sempre se posicionou quanto à questão das eleições, contudo, como acontece ainda atualmente, não deixam claro com qual candidato se identificavam. “Desde 1858, com o seu surgimento, a imprensa tem influenciado a política. A única época em que a maior parte da imprensa se calou, foi na ditadura”.

Lorayne destaca, ainda, que a imprensa teve papel fundamental em alguns acontecimentos da história brasileira. “Ela se posicionou na Era Vargas, assim como na campanha Diretas Já, sendo uma das principais responsáveis pelo sucesso do movimento”. A historiadora finaliza que “a imprensa é o porta-voz de determinados grupos”.

O importante agora é prestar bastante atenção nos candidatos e votar com consciência e de acordo com suas convicções, pois o destino do país pelos próximos anos está em nas mãos do cidadão brasileiro.

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